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A reabilitação como tendência no setor da construção

Publicado em 11.05.2021
Reabilitação Filipe Sambento

A construção como a conhecemos sempre foi um dos sectores com maior destaque e relevância no mercado. Com os seus “altos e baixos”, não deixou de ter o seu eixo de expansão ao longo do tempo, de onde resultou o direcionamento e crescimento de uma procura elevada de construção exaustiva – a chamada “construção nova ou obra nova”, com o foco na construção de novos edifícios.

As dinâmicas de construção foram sendo norteadas por diferentes princípios e orientações, consoante as variáveis presentes no mercado imobiliário e que continuam a ser transversais a todos os sectores inerentes à construção com maior enfoque entre os finais do século XX, princípios do século XXI.
Se antes se olhava apenas e só para a obra nova, através da idealização de construções de raiz, desprivilegiando a reabilitação de edifícios mais antigos ou até obras devolutas, hoje observamos uma saturação de construção nos grandes aglomerados urbanos, procurando assim edifícios que sejam passíveis de uma intervenção de reabilitação com o objetivo de poder valorizar determinadas áreas ou locais em específico, por interesse comercial ou apenas de procura por parte de possíveis consumidores.

A pandemia perspetivou o olhar sobre a reabilitação como forma de restaurar uma casa, de modo a conservar e preservar o património, uma união e mistura de estilos arquitetónicos – o antigo e o contemporâneo – privilegiando o contexto espacial e histórico de cada casa. 

Assiste-se hoje a novas dinâmicas no que se refere à construção, isto é, indicadores mostram que a reabilitação de edifícios tem ganho terreno face à construção nova. Estes indicadores demonstram que é possível olhar para a reabilitação como uma forma de construção sustentada e não desenfreada, permitindo trazer novos desafios e oportunidades para empresas como a nossa, possibilitando a aplicação de soluções inovadoras que atendam a especificidades de trabalho a realizar como sejam a rapidez, a versatilidade dos produtos multisuporte, pré-misturados, entre outros, onde por norma, a acessibilidade à obra é mais difícil e os horários mais restritos. A Saint-Gobain Portugal S.A. com a integração das três marcas – ISOVER, Placo® e Weber – apresenta soluções que se podem adaptar a este modelo de construção, procurando atender aos mais elevados padrões de conforto e de eficiência energética. Uma das soluções é a utilização de placas de gesso Placo® conjugada com as lãs minerais da marca ISOVER, que possibilitam um trabalho mais leve, evolutivo e com melhor desempenho acústico, térmico e até mesmo estrutural. Também a gama webercal, da Weber, está desenvolvida especificamente para dar resposta a estas situações.

 Este cenário potenciou mudanças nos hábitos de trabalho, lazer, assim como de consumo, despoletando os projetos DIY. O “Faça Você Mesmo” teve um crescimento exponencial na procura e nas compras de soluções para renovar a casa, particularmente visível na primeira fase de confinamento.

 As questões que os projetos DIY de renovação acarretam são alguns entraves a projetos de construção, uma vez que carecem de mão de obra especializada e de soluções adequadas a cada projeto. Sejam estas soluções à medida ou estandardizadas apresentam desafios às empresas ou marcas parceiras de projetos, dado ser imprescindível privilegiar as necessidades de cada consumidor. Logo, nós poderemos ter a solução que procura.

Por fim, salientamos algumas das vantagens que pode beneficiar com um projeto de reabilitação: ainda que o custo das soluções aplicadas possa ser superior, os preços por m² executados são habitualmente mais baixos que os verificados em construção nova e é uma área da construção em que os benefícios fiscais tornam estes projetos atrativos, como por exemplo beneficiar de 6% de IVA na reabilitação urbana. O próprio Governo, compreendendo a importância da atividade de reabilitação dos edifícios, publicou a Portaria n.º 304/2019 de 12 de setembro que define um conjunto de requisitos funcionais da habitação e da edificação.

Pelo exposto, pode dizer-se que a reabilitação mantém uma tendência promissora no sector da construção, repleta de oportunidades que alavancam a inovação e da qual resultam benefícios para todos os intervenientes.

Filipe Sambento, Diretor Comercial da Saint-Gobain Portugal